terça-feira, 25 de maio de 2010

Policromia - Jurema Barreto de Souza, maio de 2010 - 30 anos de poesia

Faço aqui uma pausa na edição virtual das Revistas A Cigarra para falar do presente. Primeiro a celebração dos 30 anos de poesia que comemoro a partir do "I Concurso Jovens Escritores do ABC", que em 1980 tornou minha poesia publica e incentivou o caminho poético que nunca mais deixei de trilhar. Outro motivo o lançamento do novo livro de Zhô Bertholini , Vagamundo. E para partilhar com os amigos e leitores que continuamos pela e para a poesia correndo o risco. Jurema Barreto de Souza



Uma celebração...
São trinta anos de convívio com a poesia, dos quais, vinte e cinco como editora da Revista A Cigarra e onze como membro do Grupo Livrespaço de Poesia, sem mencionar tantas outras atividades relacionadas à literatura. Com muitas publicações de suas poesias nos mais diversos veículos, como jornais, revistas, zines e coletâneas, Jurema agora reúne um pouco deste material, mais alguns inéditos e aparece por inteira fazendo-se valer desta trajetória de experiências para abrigar um trabalho autoral. Policromia vem um para ajuste de contas com este longo período em que a poeta e editora dedicou-se a divulgar a produção poética de tantos outros, mantendo a resistência alternativa resultando numa das mais longevas publicações do gênero e também um imenso registro da poesia contemporânea. Cúmplice de uma parte desta trajetória poética e editorial de Jurema, não poderia deixar de tecer alguns comentários a respeito da publicação deste livro, que há algum tempo vinha sendo adiada pela ocupação e dedicação que ela se propunha as edições da Revista a Cigarra. Enfim, eis aqui, Policromia, fruto de muitas observações, tanto na extensão do tempo como na simplicidade do cotidiano, onde Jurema busca, não somente a essência, mas também a transitoriedade dos elementos comuns, mesclando vida/poesia num ritual de sentimentos, decifráveis ou não, mas que conduzem a criatividade livre de qualquer paradigma. Assim sendo, temos em mãos, não somente mais um livro de Jurema Barreto de Souza, mas sim uma celebração por alguém que se deixou ousar, sem receios, nesta trajetória de vida e poesia. Zhô Bertholini – abril de 2010


Policromia

de Jurema Barreto de Souza

Formato: 12 x 18 cm ,64 pgs.

Capa: Milton Mota

Cigarra Edições,Santo André,SP, 2010

Pode ser encontrado na

Livraria Alpharrabio

Rua Dr. Eduardo Monteiro, 151 - Jd. Bela Vista

09041-300 - Santo André/SP - Tel.: (11) 4438.4358

POLICROMIA - Prefácio




A voz, para além da imagem

Não era sem tempo. Há muito Jurema devia aos seus leitores uma reunião de seus poemas publicados esparsamente ao longo das últimas duas décadas. Este Policromia dá ao leitor uma boa idéia do conjunto de sua produção poética, desde “Dalilas Siamesas”, publicado em 1987, conjunto este que abarca fases diversas, nas quais poemas que primam pela concisão convivem com poemas longos. Longo ou curto, entretanto, um poema de Jurema tem sempre a dicção lírica de Jurema, característica que a poeta conscientemente subscreve. Lilith assumidamente lírica, faz de sua condição de mulher (A vida torna-se bonita / como uma mulher / que se descobre no espelho”), cavalos (Dez mil cavalos / vinte mil asas / quarenta mil cascos / engolindo a escuridão) e luas (“Vem redonda a Lua / um seio imenso / no peito azul”) seus temas recorrentes e nomeia a ternura (“Sobre tua pele assumo / a cor do teu sonho / a medida dos teus passos”) com a mesma naturalidade com que aborda o erotismo (“Tudo é tragado, trigo e papoulas / na mesma massa misturados / e servido ao ponto de êxtase / com direito a dentes, unhas e salmos.”), sem receio de enquadramentos ou rotulações.
Desde sempre, a poeta Jurema não se limita a fazer poesia como também vive a poesia ou vive de forma poética, ou ainda, vive para a poesia, divulgando-a e dela fazendo uma maneira de estar no mundo, porque “Amanhã talvez / não haja outro poema.”.
A proximidade com Jurema, decorrente do convívio literária durante 11 anos no Grupo Livrespaço de Poesia, já faria de mim uma pessoa suspeita para assinar esta brevíssima apresentação. Ainda que admita que o livro dispense apresentações, a lembrança da nossa vivência na prática da crítica mútua, faz com que redija estas linhas com a certeza de isenção, acreditando que a própria poeta sabe como “ir além da imagem e ser a voz”. Convido o leitor a ouvi-la.

Dalila teles veras

VAGAMUNDO - Zhô Bertholini - fevereiro de 2010


Zhô Bertholini é poeta e artista gráfico, natural de Santo André, SP, cidade onde, desde os anos 70, participa de movimentos culturais, atuando também como editor, ao lado de Jurema Barreto de Souza, da revista listerária A Cigarra. Sobre o poeta, diz Tarso de Melo, no posfácio:
"Zhô Bertholini não cabe num livro. Não cai bem o paletó do maço-de-folhas-preso-entre-capas a alguém que sai à rua caçando metáforas, fisgando rimas, desvendando os lugares em que ainda respiram a vida e a poesia – ou a poesia-vida ou a vida-poesia ou a poe(vida)sia, já que é esta a muamba que Zhô trafica.
Não cabe num livro a utopia do poeta vagamundo, que arrasta seus sonhos pelo espaço e não se enquadra no tempo dos outros. Da mesma forma, não dormem no dicionário essas andanças sem cerimônia pelos descaminhos da língua do dia a dia (que até pouco tempo era dia-a-dia!), pois a fala de Zhô não sossega: trafega pela poesia alheia, passeia no labirinto da música, visita os meandros da gíria e, mais que tudo, circula pela vida e traça as linhas tortas de uma biografia sem bússola, navilouca, desgarrada, à deriva. Aliás, se a vida de Zhô é levar a poesia para passear e deixar-se levar por ela, nada mais natural que escrever em versos sua biografia! Tarso de Melo
concepção editorial Jurema Barreto de Souza & Zhô Bertholini
projeto gráfico: Luzia Maninha
capa: Perkins T.Moreira
fotografia: Marcelo Vitorino
selo Zhô Bertholini - Código de Barra Alternativa
a cigarra edições,santo andré,sp, 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Revista Literária A Cigarra n°24 - Jan/Fev de 1996


Em 1996 a Revista Literária A Cigarra lançava seu n° 24 de janeiro/fevereiro dando notícias sobre a resistência literária e poética dos alternativos poetas e editores no seu editorial de verão, (que pode ser lido clicando sobre a imagem, atendendo ao questionamento de alguns leitores).
A capa realizada por João Antonio da Silva Sampaio, "CYBERIMAGE#051295", brinca com a linguagem, o visual e o desejo. Mesmo não sendo temática cada número sustentava uma linha tênue onde os poemas se atraiam e dialogavam. E a vontade continuava firme na poesia.

Revista Literária A Cigarra n°24 - primeiro editorial de 1996


Primeiro editorial da Revista Literária A Cigarra, Jan/Fev. de 1996.

Revista Literária A Cigarra n°24 - e venham os poetas


Revista Literária A Cigarra n°24 - Rosana Chrispim


Revista Literária A Cigarra n°24 - Jurema Barreto de Souza


Revista Literária A Cigarra n°24 - H.Dobal e Ilma Fontes


Revista Literária A Cigarra n°24 - Alex Sandra Jane Andrade


Revista Literária A Cigarra n°24 - Multioutros


Revista Literária A Cigarra n°24 - poesia de toda parte


Revista Literária A Cigarra n°24 - a palavra impressa


Revista Literária A Cigarra n°24 - Outros Muitos


Revista Literária A Cigarra n°24 Jandira R.Mengarelli


Revista A Cigarra n°24 -João A.da Silva Sampaio


Revista Literária A Cigarra n°24 - Zhô Bertholini


Revista Literária A Cigarra n°24 - Perkins Têh Eme


Revista Literária A Cigarra n°24 - Maynand Sobral

POEMA 24 HORAS POR DIA
Maynand Sobral- Fortaleza/CE

Revista Literária A Cigarra n°24 - 1996

Marcelo Dolabela-BH/MG
Antonio Gómes - Merida/Espanha

Revista Literária A Cigarra 24 - Voster Zielinsky

Irreverente arte de Voster Zielinsky de BH/MG, o original realizado com o papael do bombom Sonho de Valsa, a Cigarra ainda não tinha reurso de cor, mas foi bastante divertido publicá-lo.

Revista Literária A Cigarra 24 - Expediente


Revista Literária A Cigarra 24 - ultima capa


Última capa Revista Literária A Cigarra 24 - Jan/Fev de 1996
Foto: "Colagens" de Henrique José/J.Medeiros

Memória fotográfica 1 - 1995

Os editores com Dalila Teles Veras na Livraria Alpharrabio, 13 anos de Cigarra.

Memória fotográfica 2 -1995 - Lançamento A Cigarra

Os editores Zhô Bertholini, Jurema Barreto de Souza com o autor da capa A Cigarra 22 Perkins Têh Eme e o também editor João Antonio da Silva Sampaio na Livraria Alpharrabio

sábado, 9 de janeiro de 2010

Revista Literária A Cigarra n°23, set/out. de1995, Ano 13°


Em 1995 é lançada a Revista Literária A Cigarra n° 23 de setembro/outubro.
Editoria de Jurema Barreto de Souza, Concepção Gráfica de João Antonio da Silva Sampaio e Zhô Bertholini. Novo número novas experimentações do espaço, procurando deixar que os poemas respirassem e ao mesmo tempo divulgar a muita poesia que chegava, já nesta época com um pouco mais de cuidado seletivo, objetivando que a revista apresentasse um diálogo entre o pensamento e a beleza, dentro de nossas possibilidades, conteúdo atemporal.
A capa: “A PURÍSSIMA TRINDADE” - Colagem by Zhô Bertholini, entrelaça a música, o desejo e o prazer dando-lhes forma e ludicidade. Nas últimas páginas os “Colaboradores”, poetas editados e seus endereços, “Livros Recebidos” e “Correspondência” o que acabou criando ampliação do intercâmbio, realização de novos contatos. Os livros que chegavam, bem como jornais alternativos, eram compartilhados nos encontros na Livraria Alpharrabio, espaço de efervescências culturais.

Revista A Cigarra n°23,1995 - Editorial

Revista A Cigarra n°23,1995 - Editorial

A Cigarra n°23 - Edival Perrini e Cida Jappe


Edival Perrini e Cida Jappe

A Cigarra n°23 - Margarete Schiavinatto

Margarete Schiavinatto

A Cigarra n°23 - Jurema Barreto de Souza


Jurema Barreto de Souza

A Cigarra n°23 - Poesia em Prosa pag.6


ATÉ LÁ DENTRO - Beatriz Escorcio Chacon

A Cigarra n°23 - Wilma Lima e Dalila Teles Veras

ATMOSFERA - Wilma Lima,
RECADO - Dalila Teles Veras

A Cigarra n°23 - Multioutros pag.8

Tarso M.Melo, Eunice Bueno, Artur Soares da Cruz, Zhô Bertholini

A Cigarra n°23 - Multioutros pag. 9


Messias A. de Souza, H.B. Chagal, Silas C. Leite, Nora A. Correa,
Nilza de Menezes (clique sobre a imagem para ler o poema)

A Cigarra n°23 - Outros Muitos

Jovino Machado, Semiramis Correa,
Marcos Gimenes Milan, Renato Brancatelli

A Cigarra n°23 - Poetas e Poemas

Fernando Cereja, Claudio Daniel, Fabiano Calixto

A Cigarra n° 23 - Poema de Nagir Macaô


AMSTERDAM É QUANDO -Poema de Nagir Macaô

A Cigarra n°23 -João Antonio da Silva Sampaio

Título: INUTILIA TRUNCAT -
João Antonio da Silva Sampaio

A Cigarra n°23 de 1995 - Augusto de Campos


Título: UNREAD MADE - 1991 - Augusto de Campos

A Cigarra n°23 - Paulo Bruscky

A Cigarra n°23 - pag.15 - Paulo Bruscky

A Cigarra n°23 -1995 -Visuais



Visuais de Naila Chaim, J.Cardias e Sérgio M. de Almeida

Revista A Cigarra n°23 -1995

A Cigarra n°23 - pg.17 - Avelino de Araújo e Almandrade


Almandrade e Avelino de Araújo
Revista A Cigarra n°23 -set/out - 1995

A Cigarra n°23 - última página Júlio Barroso

Fragmento poético/diário de Júlio Barroso,1881.
Ilustração: Liana Padilha